segunda-feira, 12 de julho de 2010

Admirável Mundo Novo





Imagine uma sociedade não muito distante no ano 637 DF (Depois de Ford), onde  todos os seres humanos são produzidos em laboratórios. Nos Centros de Condicionamento, que substituem as maternidades, parteiras e afins, os projetos de pessoas são pré-condicionados biologicamente e  depois que nascem passam um tempo em incubadoras sendo condicionadas psicologicamente, através de técnicas de traumas e de terapias hipnopédicas - frases gravadas e transmitidas durante o sono pra fixarem-se no subconsciente dos ouvintes. 
Essa sociedade é dividida em castas - todos têm sua função e seu lugar predeterminado e permanente, dos dominantes Alfas aos subjugados Ipslons. Sexo só por diversão. Procriação através do velho método natural papai e mamãe é coisa do passado e dos selvagens, e mais, considerado um  crime tão grave quanto a monogamia, constituir família e relações que envolvam  afetos e sentimentos. É o legítimo ninguém é de ninguém!
E para que todos vivam ainda mais felizes e em perfeita harmonia, o governo libera uma droga sem efeitos colaterais como uma espécie de bolsa-droga: a "soma" proporciona agradáveis momentos de prazer e de fuga da realidade. E tudo no 0800!


Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais não terá sido mera coincidência.



O universo criado por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo (1932), a primeira vista pode parecer uma hipotética ficção futurista, mas logo no começo do livro a gente já percebe a relação entre esta sociedade e a que vivemos hoje. A grande sacada de Huxley foi em denunciar um sistema que já vinha se moldando naquele tempo através de metáforas surreais e sutis.
Eu já citei uma frase clássica que o escritor inglês mandou pro Thimoty Leare no post Thimoty é o cara, e, diga-se de passagem, Aldous também! E ele é tão bizarro que em 1900 e antigamente, já teve a sagacidade de ver além dos condicionamentos e padrões de comportamento que camuflam a realidade dos fatos. Admirável Mundo Novo é mais do que um livro, é uma crítica social que desmascara os condicionamentos sociais, a privação de conhecimento, a alienação e o domínio de poucos sob muitos - que caracterizam o mundo novo de Huxley e aquele que há muito tempo ja vivemos.


Em tempo: Existem rumores de que o diretor Ridley Scott vai fazer uma versão do livro do escritor inglês para o cinema. Parece até que o ator Leonardo DiCaprio já foi escalado pro papel de protagonista.
Nessas horas Kubrick faz ainda mais falta... 


2 comentários:

  1. huxley é O CARA!!
    leonardo de caprio??
    existe uma versao em filme do livro, apesar de tosca retrata bem

    http://www.youtube.com/watch?v=WuiaT0nX9ls

    bjuuu só nao vou dizer q amei o post p nao me tornar repetitiva rsrs

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  2. Então Sacerdotiza (kkkkkk), eu vi o filme no you tube mas não vi!!! É que eu achei beeem tosco mesmo. Acho que vale mais a pena esperar pelo do Ridley.
    Pois é, agora quanto ao Léo também não sei o que dizer. Fico pensando que papel ele vai fazer, o do selvagem??? kkkk
    Valeu amiga! Bjao

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