sábado, 22 de maio de 2010

Sobre animes e animações



Aproveitando o embalo lúdico proporcionado pelo minha última postagem, lembrei também de que nem todas as animações são feitas para entreter apenas ao universo infantil.  E não me refiro só ao Simpsons, Beavis and Butt-Head, South Park entre outros cartoons obviamente voltados ao publico maior de idade, mas a filmes fantásticos que as vezes em função do nome ou do visual, acabam passando despercebidos. Isso quando passam, por que os melhores do gênero, infelizmente, não chegam aos cinemas e muitas vezes nem nas locadoras - pelo menos na realidade de Floripa.
Alguns já são mais fáceis de encontrar e tiveram maior divulgação por causa do Oscar. É o caso do lisérgico A Viagem de Chihiro (2001), ganhador do Urso de Ouro no festival de Berlim de 2002 e do Oscar de melhor animação em 2003.
Eu acredito que muitas pessoas que convivem com crianças  e por isso assistem a quase todos os lançamentos infantis, como aconteceu comigo, provavelmente se surpreenderam com a animação muito mais apropriada para mentes maduras do que a da garotada, que não entendem ou até mesmo se assustam com a "viagem" da Chihiro.  (E aí já sabe, vai ter que assistir ao Diário da Princesa de novo, não é Sô?!?!).
O filme é de um dos diretores mais respeitados do gênero, o japonês Hayao Miyazaki, responsável também por outros clássicos mais raros como Meu Vizinho Totoro (1988), Princesa Mononoke (1997) e O Castelo Animado (2004) - baseado no livro Howl's Moving Castle da escritora inglesa Diana Wynne Jones.











Outro cineasta que eu também me amarro muito é o americano Tim Burton, produtor e roteirista de o Estranho Mundo de Jack (Nightmare Before Christmas, 1993), dirigido por Henry Selick e indicado ao Oscar de melhores efeitos especiais em 1994, e melhor trilha sonora no Globo de ouro do mesmo ano. Também dirigiu em parceria  com Mike Johnson A Noiva Cadáver (Corpse Bride, 2005), o que rendeu a Burton sua primeira indicação ao Oscar na categoria de melhor animação em 2006. 
Mas foi com o sensacional curta-metragem Vincent (1982), escrito, desenhado e dirigido por Burton quando ele ainda trabalhava para a Disney, que ele ganhou notoriedade e deu origem ao gênero macabro que o acompanha na maioria dos seus trabalhos. O curta narra a historia de um menino que sonha em ser como seu ídolo Vicent Price - ator americano de filmes de terror que narrou a animação. Vincent é considerado uma autobiografia do cineasta que, assim como o personagem, é fã de Price e de coisas assustadoras e sombrias.




Dedico esse artigo a um outro garoto que não pertence à ficção, mas que as vezes também gosta de cultivar a sua personalidade melancólica e soturna. Feliz aniversário Magrelo!

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